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sábado, 31 de março de 2012


Resenha

Artigo – Jogos e Brincadeiras de Diferentes Culturas nas Aulas de Educação Física Escolar
¹BENTO, Clovis C.; ²GONÇALVES JUNIOR, Luiz. Jogos e Brincadeiras de Diferentes Culturas nas Aulas.
1-Professor da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e integrante do Núcleo de Estudos de Fenomenologia em Educação Física e sociedade de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana UFSCar.
2-Professor Adjunto do DEFMH/UFSCar e Coordenador do Curso de Especialização em Educação Física Escolar.

Abordagens do Artigo


Educação Física Escolar, Cultura e Processos Educacionais.
Nesta parte do texto, o autor nos apresenta algumas influências relacionadas ao adquirir conhecimento. Destaca-se a importância de se incorporar jogos e brincadeiras nas aulas de educação física, que habitualmente são passados de geração a geração, por influências de outros povos, como índios, africanos e asiáticos, tendo ainda a parte onde a criança já tem o “saber de experiência feito” (FREIRE, 2005), ou seja, onde a criança já carrega consigo certa experiência do seu corpo, ou cultura corporal.

Jogos e Brincadeiras
Pela diversidade dos povos que aqui chegaram (Brasil) nos aderimos a varias culturas sendo transmitidas de geração a geração, quando a participação das crianças é de uma forma livre e espontânea, muitos acabam comentando outros nomes, outras formas de jogar ou brincar, como diz Kishimoto (1999) muitas crianças preservam sua estrutura inicial, outras se modificam, recebendo novos conteúdos. O autor nos diz que é necessário proporcionarmos jogos e brincadeiras de uma forma livre nas aulas, buscando cada vez mais aprender uns com os outros.

A Diversidade Cultural como Tema Gerador.
A diversidade é o tema central da discussão. Na escola pode-se encontrar em uma sala com 35 alunos crianças de varias descendências, Italianos, Portugueses, indígenas, Espanhóis, Africanos, Romenos, etc. Se os professores ficam pregando os ideais europeus, de primeiro mundo, padrão de beleza, alta tecnologia, não estariam somente rebaixando a cultura de outros povos, mas sim negando cultura a seus alunos. O autor reforça a idéia de que cabe a nos o desenvolvimento de bases para projetos pedagógicos que contemplem o reconhecimento e valorização da diversidade cultural, oportunizando diálogo entre os diferentes grupos étnicos no ambiente escolar.

Procedimentos Metodológicos
A intervenção teve como objetivos a produção de registros em diários de campo, de 30 aulas com temáticas relacionadas a Diversidade Cultural em dois bimestres do anos de 2007, a cada aula o pesquisador deveria dar uma descrição da pessoas, objetivos, lugares, acontecimentos, atividades e conversas, a cerca do levantamento, apresentação, aprendizado e diálogos destes, uns com os outros em processo igualitário foram ensinando e aprendendo ao mesmo tempo.

Resultados
Foi necessário dialogar com os alunos sobre o que se tratava Diversidade Cultural, Alguns nem sabiam a qual descendência pertenciam. Foi levantada a questão, seria a capoeira Indígena ou Africana?, ocorrendo também a apresentação de uma mesma brincadeira por varias povos, como exemplo, rodas cantadas, variações de pega-pega e pular corda. Cabia aos professores contextualizar sem, no entanto, ter a pretensão der ser o dono da verdade. Ao final de cada bimestre era aplicada uma prova escrita com questões discursivas onde os alunos tiveram um bom desempenho principalmente citando e descrevendo a origem das brincadeiras e jogos trazidos pelos colegas.

Considerações Finais
Com base dos registros dos diários de campo a valorização das aulas foi expressiva, com maior participação, envolvimento e generosidade com os colegas no ambiente escolar, que com entusiasmo apresentaram suas descobertas sobre suas origens, jogos e brincadeiras relacionados. Freire (2005) diz que o ato de educar envolve necessariamente a afetividade, a humildade, o gosto pelo ensinar e aprender, a busca incansável pela competência e pela esperança engajada da transformação pessoal, (somos seres incompletos e inconclusos) da educação e do Mundo. Pode-se assegurar que além dos aprendizados realizados pelos educando, que os próprios pesquisadores aprenderam muito, e de modo significativo. A experiência e pesquisa foi uma aproximação inicial com o tema transversal diversidade cultural nas aulas de educação física, o que abre a necessidade de abrir trabalhos mais efetivos e prolongados.

Opinião
O texto tem grande importância para a Educação Física Escolar, com ela pode-se tirar algumas idéias para serem aplicadas a cerca da diversidade cultural em nossa vida profissional, ou aqui mesmo na universidade, o artigo é bem objetivo e tem caráter experimental, o que não nos impede de aplicá-lo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Educação Física Escolar no Brasil e seus resquícios históricos



Autor: Arnaldo Elói Benvegnú Júnior.
Graduado em Educação Física pela Universidade de Passo Fundo –RS, Especialista em Metodologia do Ensino de Educação pelo Instituto Educacional do Alto Uruguai-RS,Mestrando em Educação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina-SC.Professor de Educação Física do Centro Municipal de Educação Básica Vereador Avelino Biscaro.

  O estudo teve como objetivo revisar bibliograficamente os períodos históricos mais marcantes da Educação Física no Brasil.
  O texto destaca os principais momentos históricos do Brasil vividos pela Educação Física: inicialmente o higienismo que segundo o texto é marcado pelos hábitos de higiene e da saúde, objetivando, por meio do exercício físico valorizar o desenvolvimento do físico e da moral; depois o militarismo que visava a formação de indivíduos capazes de suportar o combate, a luta, para atuar na guerra. A formação dos primeiros profissionais em Educação Física no Brasil se deu nas Escolas da Marinha e do Exército, daí o caráter militar.
  Posteriormente veio o movimento chamado de esportivização que teve um grande investimento do Estado ditatorial com intuito de desestabilizar o movimento estudantil, a Educação Física pensada sob forma de controle social; esse movimento utilizava a pedagogia tecnicista e na formação dos profissionais da Educação Física estava voltada ao treinamento, á preparação de técnicos.
  Por fim a Educação Física passa por uma crise de identidade onde a LDB coloca a Educação Física como um componente curricular. A nova geração de profissionais procura trabalhar a conscientização corporal, através da cultura corporal do movimento, atribuindo significado aos movimentos produzidos historicamente.
  O autor conclui que esses períodos históricos da Educação Física escolar ainda influencia as práticas pedagógicas atuais, por exemplo, a esportivização que ficou marcado pela predominância da prática esportiva na escola, faz parte das atuais aulas de Educação Física, valorizando os melhores alunos em certos esportes e não permitindo a prática dos alunos menos capacitados, ainda tem os profissionais que utilizam os métodos militares como filas , castigos quando a tarefa não é cumprida.
  Por tanto o profissional na área deve repensar novas tendências, não excluindo o esporte, mas buscando entendimento do porquê e para que se faz. O profissional deve ter em mente que seu conteúdo de ensino é bem amplo, que existem outras atividades além do esporte.
  Este texto é destinado aos profissionais da área de educação física que devem repensar suas práticas pedagógicas.
  Na minha opinião o texto tem grande importância para os profissionais da área mostrando o comodismo dos professores, os levando a pensar novas tendências. É um texto simples para quem é da Educação Física e concerteza já estudou esses momentos históricos .
  Por fim deixo esses questionamentos: Como são as aulas de educação física atualmente?  Você vê os métodos ultrapassados nas aulas atuais? Este texto nos mostra os métodos ultrapassados,que predominam até hoje.Você acha que o movimento higienista existe até hoje?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Resenha – Educação Física Escolar: formação ou pseudoformação?

Marcus Aurélio Taborda de Oliveira é graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná (1985), possui especialização em Filosofia da Educação pela PUC/PR (1987). Além disso, possui doutorado em Educação: História, política, sociedade pela Pontifícia PUC/SP (2001) e também realizou um estágio de pós-doutorado no Departamento de Teoria e História da Educação na Facultad de Educación , Universidad de Murcia, Espanha. Atualmente é membro do Núcleo de Estudo e Pesquisas História, Educação, Modernidade da UFPR, professor do departamento de Educação Física na graduação e na pós-graduação da UFMG e pesquisador do CNPq. Ele possui diversas obras e artigos nas áreas de Educação e Educação Física.

No artigo “Educação Física escolar: formação ou pseudoformação?”, Oliveira discute a hegemonia da prática competitiva no ambiente da educação física escolar. Evidenciando os pontos limitantes dessa prática para a formação do indivíduo, ele, então , argumenta sobre qual é o papel da educação física no processo formativo dos sujeitos.

O autor, inicialmente, conduz à compreensão do que ele irá problematizar de maneira muito clara. Desse modo, ele contextualiza sobre várias causas apontadas por outros autores sobre os motivos da Educação física ainda não ter a relevância que deveria e ser tratada secundariamente dentro do ambiente escolar. Não excluindo as teorias apontadas por estes autores, mas sim ampliando a visão, ele indica que o status que a Educação Física se encontra é devido a falta de definição sobre a formação ( ou não formação) que a EF possibilita aos indivíduos.

Oliveira norteia a sua crítica ao principio da competição com uma argumentação bem embasada e objetiva. Analisando a Educação Física Escolar contemporânea é possível perceber que ele encontrou e focou o princípio que domina a EF. O processo competitivo está tão presente que até mesmo práticas que não necessitariam fundamentar-se nele, passam a ter este caráter, pois os professores deduzem que os alunos gostam de competição e precisam dela. E a opinião dos alunos para construção da prática escolar é simplesmente esquecida.

Durante todo o texto, Oliveira dialoga com obras de Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Max Horkheimer e Tarcísio Mauro Vago. Esses autores fundamentalizam toda a argumentação e propostas que o texto traz.

A competição na prática formativa escolar é vista como elemento estreitamente ligado à dominação do outro, hipótese essa que, para ele, engloba a competição como elemento de regressão aos prazeres primitivos, assim como algo da dimensão humana que remeteria ao darwinismo social que prega que a seleção dos mais aptos é dada pelas condições de progressão social. A competição lançaria um contra o outro e levaria a hierarquização. Exemplificando, o mais forte submeteria o mais fraco a uma espécie de autoridade, o que levaria a classificação de caráter quantitativo. A competição, portanto, tem embutida em si a eliminação, discriminação, seleção e exclusão.

Vistos esses fatos, a competição serviria para a manutenção do status quo, ou seja, a manutenção da ordem e que os indivíduos se conformem facilmente com o que é imposto pelos “dominadores”. A pseudoformação estaria enraizada nela, pois é onde encontra a visão do ser humano de forma não holística, o que geraria uma pobreza cultural para a área da EF , pois nela há a negação da formação do ser humano em toda a plenitude de suas dimensões. O caráter ideológico da competitividade carregaria a mera reprodução, obliteração da consciência, heteronomia, impossibilidade de emancipação, retificação das relações com o outro, banalização cultural acarretada pela imposição do mercado dando caráter apenas utilitarista e elitização da cultura.

O autor analisa a Educação física escolar dentro de um contexto mais amplo extrapolando os muros da escola e expandindo dentro do contexto dessa sociedade que é considerada, por ele, totalitária e desumana.

Ele não deixa o tema em aberto, propõe alguns pontos que poderão fazer a concepção do processo de formação ser modificada. Citando Vago, ele coloca questões que serão condicionantes para essa mudança. Elas são que a EF atinja âmbitos da singularidade e do social do aluno, não esteja servindo ao processo capitalista formando estritamente para o mercado de trabalho, que sua concepção seja omnilateral, estimule a experiência corporal lúdica e incentive a criatividade humana sem impor limitações. Essa nova concepção do processo de formação formará sujeitos emancipados, autônomos, capazes de autorreflexão e com alteridade, dando aos indivíduos a possibilidade do encontro efetivo e não de um contra o outro. Ele lembra que é preciso pensar formas de desenvolver a EF, de fazer refletir sobre si para haver discernimento e não cair na ideologia.

Retomando ao conceito do processo de esclarecimento de Adorno e Horkheimer, Oliveira diz que em um contexto geral, a Educação física e a cultura que carrega podem ter dois sentidos: O primeiro, servir para que o indivíduo resista à dominação, tenha capacidade crítica e reflexiva, denuncie e se supere; O segundo, para a banalização da cultura, manter a ordem atual e continuar a dominação. E finaliza com a ideia de que para que o primeiro sentido do processo de esclarecimento ocorra é necessário indagar sempre sobre o papel da Educação Física e se ela busca formar indivíduos com autonomia e alteridade.

O artigo de Oliveira é voltado, principalmente, para as pessoas envolvidas com educação física escolar. Focado na questão da formação que a Educação física proporciona aos sujeitos, é um estímulo e alerta para a visão e reflexão sobre o que a EF é dentro da escola e o que precisa ser. O leitor encontrará muitas referências aos sociólogos e filósofos Adorno, Marcuse, Horkheimer e ao doutor em história da educação e mestre em educação, Vago. Aos que se refere aos sociólogos e filósofos, faz-se importante um conhecimento prévio sobre as obras referidas, pois tornará a compreensão muito mais fácil.

Aos graduandos de licenciatura em educação física é um texto que ampliará o que se pensa sobre a questão dos princípios que devem nortear a prática escolar, pois traz um conceito bem diferente do que é mais divulgado. O autor guia o leitor numa sequência bem lógica e sempre interliga os assuntos, além de trazer diversos exemplos práticos para ilustrar. É um texto que demanda atenção, mas que poderá somar bastante ao conhecimento do leitor.

Perguntas:

1) Qual possibilidade de realização da educação física escolar livre do principio de competição? É viável?
2) Quais os pontos que a EF escolar deve-se voltar para evitar pseudoformação?
3) Os professores estão preparados para formar o aluno? Você, como estudante, acha que conseguiria atuar de forma a realmente fazer a EF colaboradora da formação do sujeito?

Resenha do artigo



 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A DITADURA MILITAR NO BRASI (1968 – 1984): ENTRE A ADESÃO E RESISTÊNCIA
   Dr. MARCUS AURELIO TABORDA DE OLIVEIRA    

Este trabalho é síntese da tese de doutorado do autor, foi apresentado no II Congresso Brasileiro de História da educação, em Natal (RN), em novembro de 2002.
            
       O objetivo do artigo é investigar, apurar representações da comunidade acadêmica brasileira, através de uma pesquisa em história da educação, sobre as relações entre educação física escolar e a ditadura militar no Brasil (1964 –1985), analisando as instruções legais destinadas as aulas de educação física e a utilização ou não dessas instruções pelos professores.
A educação física nesse período tinha o intuito de controlar as pessoas, pois havia uma grande preocupação com o tempo livre da população, que vivia em um  regime autoritário e que não tinham liberdade de expressão.
            O autor procura entender porque a educação física escolar nesse período foi limitada apenas ao ensino de alguns esportes, que eram sugeridos pelas autoridades, mas cujos programas eram elaborados com a participação dos próprios professores, que enfatizavam a busca pelo rendimento, evidenciando a luta, a vitória e a disciplina.
            Foram feitas entrevistas aos professores que vivenciaram esse período, para justamente compreender esse aspecto da história, a partir da história de vida dos próprios professores, procurando entender como eles reagiam.
            A partir de uma análise nos depoimentos nota-se que cada professor era influenciado de uma forma diferente, mas não eram simplesmente manipulados ou induzidos, faziam opções conscientes ou inconscientes, mas racionais, sabiam que eram possuidores de uma liberdade relativa, na presença das determinações estruturais e algumas vezes eram capazes de até desafia-las.
            O autor afirma que ouve mudanças no plano da organização física brasileira durante a ditadura militar, mas não ganhamos nada com isso, essa afirmação parece absurda, pois o aparato legal institucional  pretendia fortalece-la como prática social, escolar e acadêmica, mas na realidade essas mudanças não foram progressistas.
A conclusão que se chega, é que em todas as mudanças existe a colaboração, participação prática dos professores, mesmo que eles pareçam ser ingênuos, alienados, ou até mesmo vítimas da sociedade, todos tem sua parcela de culpa.
O autor utiliza-se de uma linguagem mais culta, acadêmica, mas seu texto é objetivo e coerente, com argumentos convincentes que nos leva a pensar na atualidade, pois não mudou muito nos dias atuais, existem professores que se comportam de diversas maneiras, mas a maioria ainda não conquistou sua autonomia, não por repressão, mas talvez por falta  de iniciativa, ou infelizmente por falta de vontade de criar de ensinar coisas novas, visando o crescimento, desenvolvimento e a formação do aluno.
Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 25, n. 2, p. 9-20, jan. 2004

Pergunta: Vocês acham que a educação física escolar da atualidade ainda carrega cicatrizes, influências, da época da ditadura militar? Por que isso ainda acontece?

terça-feira, 27 de março de 2012


DISPENSAS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA:
APONTANDO CAMINHOS PARA MINIMIZAR OS EFEITOS
DA ARCAICA LEGISLAÇÃO

Benilson Barreiro da Silva   200810384
Fundamentos da Educação Física Escolar
Professor Márcio


            O artigo “Dispensas das aulas de Educação Física: apontando caminhos para minimizar os efeitos da arcaica legislação”, foi escrito por Osmar Moreira de Souza Júnior e Suraya Cristina Darido, publicado na Revista Pensar a Prática da Universidade Federal de Goiás, no ano de 2009 com doze páginas.
            Os autores são brasileiros, formados na Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR (Osmar Moreira) e Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho em Rio Claro.
            O artigo foi escrito a partir de uma questão intrigante, dita pelos autores, que é a dispensa das aulas de Educação Física. No primeiro capítulo, os autores fazem uma busca de como a Educação Física Escolar é vista pela legislação brasileira, ou seja, o que se tem escrito na lei e quais são, segundo ela, os requisitos básicos para se ter a dispensa, além disso, fazem uma breve explicação dos avanços e retrocessos obtidos pela escrita da lei, com relação aos alunos que poderiam ser ou não dispensados das aulas de Educação Física. Já no segundo capítulo, os autores relatam o que foi feito numa Escola Particular de uma cidade do interior do Estado de São Paulo, cujo pesquisador foi professor, a fim de minimizar a apresentação de atestados médicos que tinham por finalidade “liberarem” os alunos da participação nas aulas de Educação Física.
            Os autores buscam reforços na literatura, a fim de confirmarem o que estão dizendo, são contrários ao modo com que foi escrita a Lei 10793 de 1º de dezembro de 2003, que dispensa das aulas de Educação Física o aluno que: trabalhe mais do que seis horas diárias; tenha mais do que trinta anos; que esteja prestando serviço militar ou que tenha prole.
            Com o problema instalado e verificado no ano de 2000 um percentual de 36,53% de alunos dispensados, chegando a 48,8% no ano seguinte, os professores de Educação Física resolveram montar um plano de aula que evitasse ou pelo menos diminuísse essa porcentagem, resultado alcançado com provas e trabalhos domésticos destinados aos alunos “dispensados” e que foram ficando mais complexos com o passar dos anos, ao ponto da porcentagem chegar a 2,7% no ano de 2008.
            Este artigo é destinado aos professores de Educação Física, assim como alunos de cursos de Educação Física e toda comunidade escolar.
            O texto se faz importante por ser um assunto facilmente encontrado em qualquer cidade e escola do país, mostrar como foi feito para “controlar” um problema comum nas escolas é válido, pelo fato de dar idéias aos outros professores. Para que a aula de Educação Física seja tratada com respeito e que os alunos tenham a noção de que ela é importante para o desenvolvimento deles e também para que o professor de Educação Física adquira respeito frente aos seus colegas de trabalho.
            Um texto muito bem escrito, de fácil assimilação, coerente e objetivo.
            Trata-se de uma contextualização da lei que defende a dispensa de alunos da aula de Educação Física, que a defende enquanto campo do conhecimento e componente curricular obrigatório e que traz críticas a respeito dos preconceitos ás aulas e ao menosprezo por parte de alunos e professores de outras disciplinas.

Questões
1-    Você já foi dispensado da aula de Educação Física alguma vez? E das outras disciplinas? Por que acha que isso ocorre?
2-    Suponhamos que você seja o professor e que na sua turma, pelo menos 30% pede dispensa e não participa da aula. O que você faria?
3-    No caso dessa escola o resultado foi positivo. Você adotaria essas medidas se isso estivesse acontecendo na sua aula, na sua escola?

segunda-feira, 26 de março de 2012

Resenha do Artigo apresentado em sala.


GFD 164 – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Artigo: Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2002, 1(1):73-81

Nome: Lucas José Ribeiro
Resenha do artigo.
O artigo fala de conteúdos, metodologias e estratégias adequadas aos diferentes níveis de ensino e conclui que a Educação Física precisa estreitar a relação entre teoria e prática. E que a Educação Física e Artes ao contrário das demais disciplinas como matemática, português, geografia, história ocupam um lugar incomodo na escola.
O esporte, a ginástica, dança, artes marciais tornam-se cada vez mais produtos de consumo e que a mídia, os jornais, TV, vídeo games divulgam a idéia da cultura corporal de movimento. Porem o estilo de vida das crianças e adolescentes hoje em dia é de assistir esporte e não praticar. Somos todos consumidores do esporte-espetáculo, como telespectadores ou torcedores em estádios e quadras.
Os próprios alunos muitas vezes não vendo mais significado na disciplina de Educação Física se desinteressam e pedem dispensa, com isso valorizam muito mais as práticas corporais realizadas fora da escola, principalmente no Ensino Médio.
E que uma das finalidades da Educação Física é formar um cidadão, capaz de se posicionar de forma crítica, o sujeito que tenha autonomia.
Por isso, num processo de longo prazo, a Educação Física deve levar o aluno a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais, favorecer o desenvolvimento de atitudes positivas para com elas, levar a aprendizagem de comportamentos adequados a sua prática, levar ao conhecimento, compreensão e análise de seu intelecto os dados científicos e filosóficos relacionados a cultura corporal de movimento, dirigir sua vontade e sua emoção para a prática e a apreciação do corpo em movimento(Betti,1992)
As metodologias, estratégias as decisões cabe ao professor e mais ninguém. A escolha de objetivos e estratégias de aulas é uma delas, claro que o professor tem que levar em consideração algo de interesse aos alunos.
Alguns princípios metodológicos como Principio da Inclusão, onde qualquer atividade tem que incluir todos os alunos. O Principio da Diversidade, acabando com o “rola bola”, dando aos alunos atividades como lutas, dança, jogos e outros esportes. O Principio da Complexidade, dando aulas diferentes ao longo dos anos na escola e o Principio da adequação ao aluno, levando em conta as características, capacidades e interesse dos alunos.
A avaliação dos alunos deve ser continua, considerando a capacidade de aprendizagem do aluno, saber o que avaliar, como e por que. Com isso eles concluem que tem que criar novos modelos para relacionar mais a aulas teorias com as práticas, inovando, trazendo novas estratégias para que o aluno possa ter uma visão crítica do mundo.
Perguntas:
1) Se um aluno não quer participar da sua aula de jeito nenhum? O que fazer?
2) Como você irá avaliar seus alunos?
3) Como seria uma aula que envolva teoria e prática?(Ens. Médio)?

domingo, 18 de março de 2012

A Onda

A maioria tem sempre razão?

O filme “A Onda” prova que não. A história é baseada em fatos reais e se passa nos Estados Unidos, em Palo Alto, Califórnia, ano de 1967. Retrata um experimento realizado com uma turma de estudantes do ensino médio, cujo objetivo inicial é explicitar os mecanismos que tornaram possível a ascensão do nazismo, e como conseqüência, o maior genocídio da história.
Segundo demonstrado pelo experimento, através da massificação, é possível fazer com que grandes mentiras sejam aceitas como verdades absolutas. Demonstra o perigo que envolve a idéia da coletivização. A cegueira que é disseminada a partir do momento em que as pessoas deixam de lado a sua individualidade e acatam a superioridade do coletivo.
A massificação é reforçada pelos conceitos de comunidade, disciplina, ação e orgulho. Conceitos que, aparentemente têm conotação positiva, e aos quais se 'deve' buscar estar atrelado, afinal, um indivíduo considerado disciplinado e ativo é alguém a quem a comunidade, da forma como está estruturada, atribui grande valor.
O experimento acabou por demonstrar que as pessoas têm uma enorme tendência de se apegar a grupos; à aparente segurança de ser parte de uma comunidade especial. A partir do momento em que os indivíduos sentem essa segurança, se sentem especiais por terem as características necessárias para integrar o grupo em questão, fica relativamente fácil convencê-los da máxima “quem não está conosco está contra nós’.
 “A Onda” tem um forte potencial esclarecedor. E o esclarecimento é uma arma poderosa para defender uma sociedade do perigo de cair vítima de seu próprio ego.


sábado, 17 de março de 2012

Mais uma Onda


A onda foi um filme produzido para a TV em 1981 que retratava um experimento realizado por um professor em uma escola de Palo Alto, Califórnia, no ano de 1967. O filme põe à mostra como, até mesmo, pessoas de uma nação que se considera democrática e que tem a liberdade em seus pilares, podem se perder através de mecanismos bem elaborados.

O professor diante do desafio de explicar para a turma tudo o que foi o nazismo e diante de questionamentos que não conseguia responder de modo satisfatório para si e a sala, adota um experimento pedagógico para exemplificar aos alunos o que fez os alemães a deixarem o nazismo ascender ao poder.

Utilizando-se de bordões que remetiam ao nazismo, o professor inicia seu experimento. Pregando “A força pela disciplina”, “ A força através da comunidade” e “força através da ação”, o ele vai disseminando as ideias nazi-fascitas. Sem perceber o que está subentendido naquelas novas regras, valores, formas de conduta e símbolos adotados, os alunos vão aderindo ao movimento que denominaram de “A onda”. A cada dia é passado a eles mais “ ensinamentos” e ideias. Sem nem mesmo questionar, eles passam a fazer tudo pelo bem e conservação da “A onda”. As pessoas contrárias ao movimento eram reprimidas de formas violentas.

Um dos pontos importantes a ser observado no filme é o processo de massificação e de submissão cega a um líder. Mesmo aqueles jovens conhecendo a história do fascismo e do nazismo, não foi suficiente para impedir de reproduzirem o processo de massificação de ideias que fez com que o Nazismo fosse visto com “bons olhos” pelos alemães. A submissão sem questionamentos e sem uma análise crítica daquelas ordens os tornou alienados e massa manipulativa nas mãos do líder. O professor impunha toda aquela “nova” concepção de maneira que os alunos achassem que era algo maravilhoso para si, para toda a escola e também como a solução para todos os problemas ali presentes.

Além da massificação e da falta de reflexão crítica, há ainda mais pontos para serem explorados. O papel do professor como um formador de opinião, a ideologia de um processo pedagógico, as bases que o fundamentalizam... Esses são apenas alguns pontos , mas uma análise mais profunda pode levar há mais temas para serem discutidos.

No filme a individualidade, a autonomia, a liberdade foram abdicadas e trocadas pela hegemonia da consciência coletiva, alienação, heteronomia e intolerância. Pode – se repetir o que aconteceu na Alemanha nazista? Diante das questões abordadas pelo filme é possível afirmar que sim. É preciso voltar a atenção à ideologia que um projeto pedagógico carrega em si e evitar a reprodução de erros, para isso é necessário que a reflexão crítica seja despertada e acionada sempre.


Resumo
A ONDA

       A onda é um filme feito a partir de uma experiência real que ocorreu no ano de 1967 em uma escola norte americana. A obra se inicia em uma aula onde o Professor Burt Ross esta discutindo com seus alunos sobre o nazismo, onde o fanatismo de alguns comandados por Adolf Hitler provocou uma grande desordem na Alemanha.
Querendo responder a alguns questionamentos dos alunos, o professor tenta em uma idéia ariscada, mostrar na pratica como seria aquele tempo onde o Nazi Fascismo comandava. Ele os ensinou a disciplina, viver em comunidade, o patriotismo e ainda os fez pensar que estavam acima de qualquer coisa por participarem da ONDA, os alunos deste grupo achavam que tinham o poder de mudar tudo. O impressionante foi a facilidade com que os alunos que absorveram as idéias colocadas pelo professor, sem nenhum questionamento, um grupo que se achava tão livre em suas opiniões. Até mesmo o próprio professor foi pego de surpresa, por achar que tudo não passaria de uma aula, mas os alunos continuaram a obedecer severamente às ordens do professor, onde controlava tudo e todos, levando ao prosseguimento da experiência.
Mas isso não podia continuar, estava ficando muito perigoso, os alunos começaram a andar em grupos, ficaram violentos, a ponto de querer agredir alguns de seus amigos que perceberam que a ONDA não era legal. Nada esta acima da gente, nenhum grupo, nenhuma entidade, nada, somos todos iguais, temos direitos e deveres, não devendo aceitar tudo que alguns dizem só porque estão em uma posição de destaque. Sendo assim o professor acabou sua experiência mostrando o mestre que eles estavam seguindo, que era Hitler, para acordá-los, de certa forma, do controle que ele havia os colocado.

O poder da manipulação


É incrível a facilidade que as pessoas têm de serem manipuladas e não só por outras pessoas, mas também pelo poder que essa pessoa pode possuir.
Às vezes uma pessoa tenta fazer algo bom, mas faz de uma maneira errada e pensa que não tem nada errado e que só está ajudando as pessoas, e não percebe que pode prejudicar os envolvidos e a ele mesmo. Quando um indivíduo percebe que pode manipular outras pessoas, o resultado pode ser desastroso, porque o poder sobe á cabeça e esse indivíduo não enxerga a realidade dos fatos. Foi exatamente isso o que aconteceu com o professor que criou ‘’A onda’’, onde os alunos foram manipulados e ficaram cegos para ver o que realmente estava acontecendo, e o que começou em uma simples proposta de uma aula, acabou se tornando em um grande problema.
Os professores devem tem muito cuidado com o que dizem e com o que fazem dentro e fora da sala de aula, pois de uma maneira ou de outra eles podem influenciar os alunos.
Todo mundo acha que coisas ruins nunca vão acontecer com eles, mas às vezes nem se dão conta de que aconteceu, então antes de fazer alguma coisa, pare e pense nas conseqüências que seu ato pode trazer, pois algo que pode parecer inofensivo pode sair do controle causando sérios problemas, não só a você e aos envolvidos, mas também a alguém que não tem nada a ver com a história.