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quarta-feira, 3 de julho de 2019

Trabalho sobre Culturas Midiáticas na Educação Física Escolar


Universidade Federal de Lavras - UFLA


Rillary Pereira Carlota


Renato Kenedy de Morais

Rodrigo Moreira Andrade

Thalita Clara Ferreira de Souza



Conteúdos midiáticos das Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016: contribuições para a práxis pedagógica dialógica na educação física escolar



O texto trata-se de uma dissertação de mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, por Giseli Fregolente Patrinhani.


A autora traz uma noção de evolução tecnológica rápida e crescente nos últimos anos. Ela ressalta pontos de crescimento e desenvolvimento em diversas áreas e chama atenção para o fato de que a educação e o ato de educar ainda se dá da mesma maneira que há alguns anos. As tecnologias de informação e da comunicação mudaram o nosso cotidiano. A popularização dos dispositivos móveis resultou em novas formas de relações comunicacionais apoiadas na interatividade, em novos padrões de comportamento e em novos conceitos e adjetivações para caracterizar os usuários dos equipamentos como a de “nativos digitais”, termo cunhado pelo educador e pesquisador Marc Prensky (2001) para descrever a geração de jovens nascidos a partir da disponibilidade de informações rápidas e acessíveis na grande rede de computadores – a Web.

A incorporação de novas tecnologias na nossa sociedade tem modificado o modo como as pessoas interagem entre si, a maneira como se comunicam, como se desenvolvem, como atuam no mundo, logo, a formação para esse contexto tem que acompanhar essas transformações. A expansão do universo midiático vem gerando mudanças expressivas nas formas de produção, recepção, acesso aos conteúdos, perceptíveis no espaço social, porém, no ambiente educativo escolar, as tecnologias digitais e os conteúdos veiculados raramente são temas abordados, discutidos e desenvolvidos. Devido a isso, toma-se como questão central para esta dissertação a aproximação e a utilização das mídias e dos seus recursos como meios para a identificação e análise crítica dos conteúdos voltados aos jovens, expressa na seguinte indagação: é possível elaborar nas aulas de Educação Física escolar uma análise das ideologias alienantes, das concepções preconceituosas e dos modelos impositivos veiculados pelas mídias, no sentido de construir coletivamente uma contra ideologia?

O pensamento do educador Paulo Freire (2000, 2007), ao propor aos educadores uma práxis marcada na ação e na reflexão sobre a realidade como princípio básico para a transformação, deixou-nos como referência uma pedagogia que valoriza a Escola como espaço para a construção da autonomia e uma metodologia que tem “a leitura de mundo” como princípio básico. Freire (2000, 2007) considerava a Educação como essencialmente comunicação, diálogo, na medida em que não é transferência do saber, mas um encontro de sujeitos que buscam a significação dos significados.

A pesquisa é voltada à análise e discussão da relação estabelecida entre os conteúdos do universo midiático e os conteúdos da Educação Física escolar abordando os conceitos Educação, Mídias, Tecnologias, Pedagogia Dialógica, Ensino de Educação Física, Práticas pedagógicas midiatizadas.

A pesquisa realizada é de caráter qualitativo, baseada em pesquisa bibliográfica. Optou-se também por uma pesquisa participante que se dá através do diálogo e da troca de experiências entre pesquisadores e a comunidade pesquisada, o resultado nesta também é debatido a fim de estimular a capacidade crítica dos envolvidos.



A justificativa se dá devido ao fato de que nos dias atuais, os diferentes meios de comunicação veiculam instantaneamente informações acessadas com a mesma rapidez pelas crianças e adolescentes e, não raro, presenciamos no cotidiano escolar os comentários e discussões sobre esses variados fatos, situações, pessoas que expõem as intensas relações que estabelecem com os meios em decorrência da sintonia, atualidade e posicionamentos sobre os conteúdos postados. A computação ubíqua (termo usado para descrever a presença integrada da informática no cotidiano das pessoas), que além de conectar dispositivos, conectam pessoas e grupos por elas formados, marca o espaço escolar, como percebemos em nosso cotidiano vivenciado dentro da escola. Entretanto, a educação escolar não a considera como possibilidade, como recurso para a abordagem dos conhecimentos que constituem a essência da sua existência.


Esse fluxo intenso de informações, gera uma certa confusão. Acaba-se que as pessoas ficam sobrecarregadas e são atingidas o tempo todo por uma tempestade de informações. No âmbito escolar, cabe aos educadores pensarem aulas dinâmicas, usando das novas tecnologias de forma direcionada, com intenção de atingir um objetivo específico. O trabalho aqui apresentado, trouxe como objetivo 3 pontos específicos:

· Analisar com os educandos as mensagens midiáticas na intenção de provocar a crítica aos conteúdos veiculados;

· Organizar e relatar uma prática pedagógica para o ensino da Educação Física a partir da proposta dialógica, voltada ao debate sobre o uso das mídias e tecnologias como instrumento educativo;

· Desenvolver o ensino da Educação Física crítica rompendo com a visão estereotipada em relação a esse componente curricular.

Ao discutirmos ou pensarmos a Educação, precisamos identificar as várias vertentes e concepções filosóficas que a embasam, assim como as concepções pedagógicas decorrentes. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394/96 (BRASIL, 1996):

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

A educação vem de um processo antigo, que era regido por chefes de tribos com o intuito de instruir sua comunidade, compartilhando informações e dessa forma contribuindo para o desenvolvimento enquanto comunidade e sociedade. A educação pensada de um viés dialógico, pela pedagogia dialógica de Paulo Freire, vai trazer justamente esse aspecto: a educação e o aprendizado em forma de trocas de vivências e experiências que educam e direcionam. Segundo Freire (2000), o que diferencia o ser humano das outras espécies de animais, que agem padronizada mente por instinto ou reflexo, é que nós, ao aprendermos, não somente nos adaptamos, mas também interagimos com o ambiente, podendo agir na sua transformação e lhe acrescentando algo.

A educação, então, vem a ser um processo contínuo, que se estende por toda a vida, englobando vários elementos, tem a ver com conhecimentos, valores, símbolos, ideias, hábitos, atitudes, entre outros. Essa educação pode ser tanto no âmbito escolar, que ocorre em espaços escolarizados, sendo exercida de uma maneira intencional, como também não-escolar, idem à intencionalidade, mas realizada por uma organização diferente da instituição escolar. Brandão (2013, p. 9) destaca que não existe único modelo de educação, “o ensino escolar não é a sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante”. Segundo o autor:

A educação pode existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras que as pessoas criam para tornar comum, como saber, como ideia, como crença, aquilo que é comunitário como bem, como trabalho ou como vida. Ela pode existir imposta por um sistema centralizado de poder, que usa o saber e o controle sobre o saber como armas que reforçam a desigualdade entre os homens, na divisão dos bens, do trabalho, dos direitos e dos símbolos (BRANDÃO, 2013, p. 10).

Trazendo para um contexto histórico: foi na Idade Média que o espaço escolar começou a adquirir características mais próximas das que temos hoje. O foco nos conhecimentos orientados ao trabalho, às atividades de produção do conhecimento e formação técnica e a opção pelo foco religioso exerceram influências diretas nas formas de trabalho e produção nas instituições de ensino. Na revolução industrial começou-se a pensar num ensino básico para todos, onde a escola foi se identificando com as características do trabalho, adquirindo uma visão de treinamento. Neste contexto o professor estava responsável por treinar o aluno para que ele atingisse os objetivos educacionais almejados.

A educação surge como prevenção da barbárie. Como discutido em aula, além de todos os demais fatos históricos, como por exemplo o fato de a alfabetização dos índios brasileiros ter se dado inicialmente como forma de catequização e evangelização. Em termos de revolução industrial, Charles Chaplin traz uma crítica de como funcionam os trabalhadores nos “Tempos Modernos”, olhando da perspectiva dialógica, podemos dizer que o aprendizado se dava de maneira robotizada e direcionada ao setor industrial. Não era necessário criticidade.

Pensando na nossa sociedade contemporânea, esse foco predominante no controle, na “disciplina”, atrelado a modelos homogeneizadores dentro de um padrão globalizante de currículo, de práticas e de conhecimentos, enfim, este modelo de educação acrítica faz da escola um mero espaço de transmissão do conhecimento historicamente gerado pela humanidade. Esse foco disciplinar da escola precisa ser alterado. O universo do educando ampliou-se em todos os sentidos e hoje a escola necessita abraçar novas causas que vão muito além do saber e da ciência, inclusive questionamentos de concepções/vertentes desse saber e ciência. Vale lembrar que:

Diante do panorama de políticas públicas e práticas docentes versus a presença da multiplicidade cultural na escola, com todos os problemas e conflitos que o caracterizam, o que se nota é a crescente tensão entre a cultura veiculada pela escola, a cultura midiática e o patrimônio e as práticas culturais apresentados pelos seus novos frequentadores. Em razão dos desafios lançados por esse quadro, o currículo vem assumindo a posição central nos debates escolares, acadêmicos e governamentais, mesmo que, cada setor, ao seu modo, defenda posições distintas (NEIRA; NUNES, 2009, p. 18).

Segundo Neira e Nunes (2009), a escola é palco de conflitos de diversas culturas, com distintos significados para educando e educadores, onde o confronto de 25 ideias é inevitável no processo educativo a partir das produções simbólicas que são construídas e reconstruídas para novas significações.

Refletindo sobre o contexto histórico de nossa sociedade contemporânea, quando Apple (2007, p. 181), fala que “a educação não passa de um fornecedor de ‘capital humano’ para o setor privado”, ele traz à tona a finalidade que vem se atribuindo à Educação nesse contexto vivenciado por nós, ainda exposto as ideias do neoliberalismo. A proposta do neoliberalismo vem aclamar a organização da sociedade em função do mercado e dos interesses privados e empresariais. Sobre a inserção dessa ideologia no contexto educativo, Magnoni Júnior (2002, p. 97) comenta que:

A ideologia neoliberal ganhou impulso sobre a educação brasileira com a promulgação da nova LDB em 1996, introduzindo no país um projeto de educação nefasto, visando através da malfadada “flexibilização”, desarticular a organização de professores e de demais profissionais da educação, com a intenção de transformá-los em seres humanos despolitizados, apáticos e acríticos e consequentemente, adequar as universidades e escolas públicas às regras do jogo do livre mercado. Diante de tantas desigualdades sociais produzidas pelo neoliberalismo na atualidade, para evitar a conscientização do povo e manter o “status quo”, as escolas devem ser organizadas pela óptica do mercado, transformando os educadores em meros transmissores de conhecimentos (“construir” certas competências e habilidades), desvinculados das verdadeiras finalidades da educação.

A mera transmissão de informação por sua fez trás consigo um caráter alienante que Paulo Freire (2000,2007) denomina “educação bancária onde o conhecimento é meramente passado como se o educado fosse apenas um banco de informação, em contra partida é importante ressaltar a importância que o diálogo assume na formação do conhecimento. Contrariando a “educação bancária”, a educação problematizadora valoriza a comunicação, pois:



A “bancária”, por óbvios motivos, insiste em manter ocultas certas razões que explicam a maneira como estão sendo os homens no mundo e, para isto, mistifica a realidade. A problematizadora, comprometida com a libertação, se empenha na desmitificação. Por isto, a primeira nega o diálogo, enquanto a segunda tem nele o selo do ato cognoscente, desvelador da realidade. A primeira “assistencialista”; a segunda, criticiza. A primeira, na medida em que, servindo à dominação, inibe a criatividade e, ainda que não podendo matar a intencionalidade da consciência como um desprender-se ao mundo, a doméstica, nega os homens na sua vocação ontológica e histórica de humanizar-se. A segunda, na medida em que, servindo à libertação, se funda na criatividade e estimula a reflexão e a ação verdadeiras dos homens sobre a realidade, responde à sua vocação, como seres que não podem autenticar-se fora da busca e da transformação criadora” (FREIRE, 2007, p. 83)



A autora utiliza todas as questões levantadas até então para ressaltar a importância da educação crítica, e da utilização da pedagogia dialógica para criação e inovação nas formas de ensino levantado sua utilização na educação física escolar valorizando o debate. O professor não tem mais a função de apenas educar mais de dialogicidade com aluno em um papel colaborativo.

Já agora ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo. Mediatizados pelos objetos cognoscíveis que, na prática “bancária”, são possuídos pelo educador que os descreve ou os deposita nos educandos passivos (FREIRE, 2007, p. 79).

Por meio dessa visão progressista que a Educação física vem assumindo é importante levar o educado para uma dimensão crítica que o faça questionar sobre o papel da educação física e todos os aspectos desse paradigma epistemológico que ainda prevalece. Para tanto:

Um professor de Educação Física, ao planejar suas aulas, deve se perguntar: que conteúdos e habilidades podem ajudar o aluno a ser um cidadão participativo? Em que as condições materiais de vida, experiências, conhecimentos, valores afetam o desenvolvimento das aulas? Como a educação do corpo, do movimento e os esportes podem contribuir para o exercício de uma prática social consciente e menos alienada? Por que a Educação Física higienista, militarista, pedagogista ou competitivista não são suficientes ou impróprias para um bom programa de Educação Física e esportes? (LIBÂNEO, 1988, p. 11)

Através desses questionamentos propostos por Libâneo, e todas as demais discussões apontadas acima, podemos agora observar e pensar a educação física pelo viés dos conteúdos midiáticos que nela se fazem presentes. A autora faz uso da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) utilizando em específico os conteúdos advindos das Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016. As intervenções com relação a mídia se dão através do uso de manchetes e notícias acerca do evento, assim como os jogos, modalidades esportivas, países que se sobressaem em cada esporte, grandes atletas, importância dos esportes, etc.

Os jogos, os esportes, as ginásticas, as atividades rítmicas e expressivas, as lutas, entre outras atividades fazem parte da cultura corporal de movimento. Segundo Belbenoit (1976), citado por Betti (1998), o esporte, por exemplo, é um instrumento de cultura e libertação do indivíduo moderno, pois exerce influência nas funções biológicas e sociocultural, servindo para preservação da saúde e também participação e expressão. Contudo, o esporte não é educativo em si, se faz necessário a intervenção do educador para fazer do esporte “ao mesmo tempo um objeto e um meio de educação” (p. 26).

Ao longo do percorrer histórico da Educação Física, verificamos que ela buscou a sua legitimação na escola permeando sua contribuição para o desenvolvimento físico e saúde, para o desenvolvimento integral da criança, mais especificamente sobre o domínio psicomotor, para padronização esportiva e detecção de talentos e, seu tratamento especial em relação ao estudo do movimento e dos jogos (MELLO, 2014).

Segundo Landau (2006, p. 145), os avanços tecnológicos também têm impactado o contexto de movimento das pessoas, onde “o progresso técnico eliminou do homem, em muitas dimensões da vida, o trabalho corporal mais pesado”. Para o autor, os ambientes vivenciados pelos seres humanos oferecem cada vez menos possibilidades de movimento, onde as áreas do esporte formal e das academias acabam sendo as únicas atuantes contra essa nossa realidade. “Não se verifica apenas uma quantidade reduzida de movimentos pela falta de estímulos, mas os movimentos que se realizam mudaram bastante, também, na sua qualidade” (LANDAU, 2006, p. 154). Essas transformações midiáticas e tecnológicas em nossa sociedade exerceram grande influência sobre o desenvolvimento da infância (BUCKINGHAM, 2007; LANDAU, 2006; POSTMAN, 2011). Segundo Postman (2011, p. 18) “as brincadeiras de criança, antes tão visíveis nas ruas das nossas cidades, também estão desaparecendo”, e o autor ainda nos alerta que “à medida que a infância desaparece, desaparece também a concepção infantil de brincar” (p. 145). Há a necessidade de ainda se refletir muito sobre essa atual condição e, todo esse contexto faz com que a escola tenha um papel decisivo para atingir qualitativamente essa realidade, onde:

[...] Para atacar o problema da carência de movimentos e de experiências corporais, deve-se exigir uma mudança consciente na própria forma de pensar as condições que limitam essas possibilidades na infância, incluindo, nesta questão, a própria escola (LANDAU, 2006, p. 156)

Segundo Betti e Pires (2014), “a mídia refere-se aos meios de comunicação, no sentido de comunicação humana mediada por algum aparato”. Para Guareschi e Biz (2005, p. 38), “a mídia é o coração da sociedade de informação [...] E a informação é o novo modo de desenvolvimento responsável pela produtividade do sistema capitalista nos dias de hoje”.

Quando Guareschi e Biz (2005, p. 63) diz que “a comunicação é o principal ator hoje na criação social da realidade”, estão realçando a questão de que a mídia tem o poder de selecionar e veicular somente o que lhe convém. Assim:

A mídia não só diz o que existe e, consequentemente, o que não existe, por não ser veiculado, mas dá uma conotação valorativa, de que algo é bom e verdadeiro, à realidade existente. É nessa instância que são criados e legitimados determinados valores (GUARESCHI; BIZ, 2005, p. 42).

Lima (2011) chama a atenção para a necessidade de explicar com mais precisão alguns termos usados nessa temática, explicando suas diferenciações, pois a imprecisão conceitual é uma das dificuldades teóricas desse campo. Lima (2011, p. 152) explica a grande mídia como “o conjunto das instituições que utiliza tecnologias específicas para intermediar a comunicação humana”, onde possuem duas características na comunicação, a unidirecionalidade e produções centralizadas, integradas e padronizadas dos seus conteúdos. Sobre a nova mídia, o autor (LIMA, 2011, p. 152) a define como “comunicação realizada através da rede mundial de computadores, isto é, a internet”, onde a característica comunicacional é a interação, através das interfaces utilizadas o emissor e o receptor interagem entre si.

Temos as mídias consideradas tradicionais, como por exemplo jornais, revistas, televisão, rádio, como também as chamadas novas mídias que envolvem as digitais. Quando falamos em velhas e novas mídias parece que umas se sobrepõe as outras, mas na verdade elas se complementam, pois cada uma apresenta potencialidades e limites, onde “esses não são nunca idênticos de uma mídia à outra, de modo que na rede das mídias, cada uma terá funções diferenciais” (SANTAELLA, 1996a, p. 37).

Para Santaella (1996a), as mídias são como redes que se interligam, onde cada mídia exerce uma função específica, sendo assim, o aparecimento de novas mídias redimensiona a função das outras. Historicamente falando, cada novo surgimento resulta para o ser humano novas formas de interações sociais, novas formas de pensar, de perceber e atuar no mundo

No que diz respeito a metodologia aplicada dentro de sala de aula, foi utilizado a pedagogia dialógica proposta por Paulo Freire. A autora também defende o uso dos diários de forma cotidiana narrando os fatos ocorridos e o que pode ser observado em cada aula, podendo assim, trazer para as próximas aulas atividades mais certeiras e de maior aceitação dos alunos. Ao longo do texto ela discorre sobre as experiências e os pontos chave observado. Traz consigo sempre a ideia da criticidade e da participação de todos. A pesquisa através dos diários de aula traz uma nova e privilegiada visão mais profunda de o que realmente ocorre dentro das salas. Ela também faz um apontamento interessante e bastante pertinente para discussão, a questão do grau de acessibilidade as mídias que cada escola/aluno possui. Na escola onde ocorre a intervenção por exemplo, haviam 8 computadores para turmas de em média 30 alunos.

Souza: Diferenciação entre escola pública e privada

Silva: A informática também faz parte da relação educação-mercado, mostrando que as escolas também servem para aumentar os lucros do comercio de produtos de informática.

Paulo Freire: Ato político, ato de conhecimento, ato de criação. Com um olhar na realidade. O educador não somente transmite os conteúdos ao conteúdo, e um ato alienado (educação bancária), mas estabelece um diálogo com os alunos. A finalidade da Educação, em Paulo Freire, seria a liberdade, permitindo que todos sejam reconhecidos como sujeitos de sua própria história. Para isso, a educação deve permear uma leitura crítica do mundo. Educação Bancária

Souza: Frisa a importância da análise e reflexão do educador frente a sua atuação profissional

Magnoni Junior: Os educadores que visam uma educação liberadora e transformadora terão que lutar contra esse projeto neoliberal que visa da massa trabalhadora tecnicista.

Freire: Defende uma educação problematizadora através do diálogo. Ele ainda aponta que é preciso ocorrer para alavancar uma mudança no contexto educativo.

O educador já não tem apenas a função de educar, mas utilizando o diálogo também aprender tornando ambos aluno e professor

Para Freire O argumento de autoridade não existe mais

Os ideais defendidos por Paulo Freire servem de inspiração para se pensar numa transformação da realidade vivenciada por nós dentro das escolas públicas frente as perspectivas para o século XXI.



VIDEO SOBRE O TRABALHO ESCRITO:
 Trabalho Sobre Culturas midiáticas na Educação Física Escolar

6 comentários:

  1. Pontos positivos: Vídeo objetivo.
    Pontos negativos: qualidade do áudio.
    Conteúdo coerente e apresentado de forma coerente.
    Domínio de todos os discentes sobre os temas trabalhados.
    Vocabulário claro e objetivo.
    Uma dica seria a postagem do trabalho escrito via Google Drive.
    Apesar de pouco tempo, tal foi o suficiente para abordar todo o conteúdo.
    Nota 10.

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  2. Pontos positivos: bem explicado e completo.
    Pontos negativos: alguns videos com baixa qualidade e áudio distorcido.
    Sim, o conteúdo foi bem exposto pelo grupo, de maneira coerente e prática.
    O grupo apresentou domínio sobre o assunto tratado.
    O tempo de vídeo foi de acordo com a atividade proposta e devido a grande quantidade de conteúdo pedido.
    A nota é 10.

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  3. 1- Pontos positivos: Interessante a gravação sem cortes, com todos os membros do grupo envolvidos;
    Pontos negativos: Senti falta de uma maior estruturação do plano de aula;
    2- O conteúdo foi coerente;
    3- O grupo apresentou domínio do conteúdo;
    4- O vocabulário utilizado foi correto;
    5- Dica ou crítica: Estruturar os conteúdos de forma mais detalhada, especificando o que será trabalho em cada bimestre de cada ano escolar.
    6- O tempo foi suficiente.
    7- Nota 10. O grupo conseguiu desenvolver bem o trabalho, diante de tamanha complexidade da proposta.

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  4. Pontos positivos: Grupo todo reunido para gravação
    Pontos negativos: faixa da editora de video
    O conteúdo foi coerente? Sim
    O grupo apresentou domínio do conteúdo? Sim
    Vocabulário: Correto
    Dica ou crítica: Sem comentários
    O tempo foi suficiente? Sim
    Nota: 10

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  5. O trabalho ser desenvolvido em grupo durante a gravação é algo a se considerar, uma vez que representa uma apresentação em sala de aula, trazendo a seriedade dos membros que por sua vez ainda estão aguardando, o conteúdo se mostra interessante e os demais demonstram um bom domínio sobre o tema proposto, tornando o vídeo interessante de modo a prender a atenção, nota 10, pois como discente achei valioso o conteúdo e como foi abordado.

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  6. Que fofo! Me sentindo feliz e honrada pelo meu trabalho estar sendo aproveitado e discutido assim, por poder proporcionar subsídios para realização de espaços de discussão e reflexões... beijos e abraços à todos!

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