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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

                 Ao cursar a disciplina “Fundamentos da Educação física escolar” no curso de Licenciatura em Educação física da UFLA, foi proposto aos alunos que fizessem uma visita a alguma escola rural e posteriormente aplicassem uma aula nessa escola. Diante essa proposta a escola escolhida para a visita foi a “Escola Municipal Édio do Nascimento Birindiba”, localizada na região da Estação Ferroviária de Itirapuan /Lavras.
            No primeiro contato realizado com a escola, onde fomos muito bem recebidos tanto por professores, secretários, diretores e também pelos alunos, percebemos muitas das dificuldades encontradas pelos professores que ali atuam, como por exemplo, a rotatividade dos horários, que fazia com que o professor de Educação física muitas vezes chegasse a escola sem saber em quais turmas ele teria aula, tornando assim quase impossível o planejamento pedagógico, que por si só já é um grande problema devido a falta de material bibliográfico que auxilie a sua construção em um contexto rural e, também devido a má formação de professores para atuarem no campo, pois durante todo o curso, raramente se ouve falar em educação física rural, e se ouve muito menos a respeito da forma como se deve trabalhar em tais locais, onde os alunos vivem  em uma realidade diferente dos alunos da escola urbana.
            Mas mesmo diante do pouco contato que tivemos com a escola e com a falta de apoio bibliográfico, tentamos construir uma aula que fizesse sentido para aquela população, dessa forma, identificamos em uma conversa com o professor, que alguns conteúdos como o vôlei e o basquete não eram trabalhados na escola devido a falta de material. Assim trouxemos para nossa aula um jogo de bola com as mãos, utilizando como materiais barbante e bolas de plástico. Buscamos com isso construir uma aula lúdica, devido ao fato dessas crianças não terem muitas vezes um espaço para a ludicidade em seu cotidiano, assim também como mostrar que professores e alunos não precisam ficar reféns da falta de materiais para construírem as aulas. No geral a aula correu normalmente, mas vale o destaque para a dificuldade de meninos e meninas realizarem juntos a mesma atividade, chegando ao ponto de uma menina se retirar da brincadeira aos prantos devido ao fato de um colega xingá-la por ela ter errado um lance.
            No geral foi uma experiência interessante pelo fato de conhecermos uma realidade diferente da que estamos acostumados e também por termos tentado realizar uma intervenção nessa realidade, sentindo através dessa intervenção toda a dificuldade que é trabalhar com alunos que muitas vezes não tem o mínimo em casa e vêem na escola um local de refugio da dureza de seu cotidiano.         

                

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