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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O Futebol que se Aprende e o Futebol que se Ensina.

Alcides Jose Scaglia

Introdução:

Tendo por objetivo discutir e analisar o processo de ensino-aprendizagem do futebol, nosso estudo partindo da hipótese de que não se ensina mais o futebol da maneira como se aprendia, procurou levantar junto a ex-jogadores de futebol que hoje ministram aulas em escolinhas, o processo que lhes ensinaram a jogar futebol, para na sequência, compará-lo às suas respectivas práticas profissionais.


Relatos do autor:

Por base de estudos comprova que o futebol que era arte para todos, começou a ser referenciado apenas para o lado profissional, e assim o surgimento das escolinhas de futebol e para a realização desta pesquisa de campo, a sistematização metodológica, tanto na coleta quanto na análise dos dados, seguiu os procedimentos da técnica de análise de conteúdo. Porém, para que realizássemos as análises inferenciais comparativas com segurança e coerência científica, fez-se necessário que construíssemos um corpo teórico consistente. Este corpo teórico, num primeiro momento, levantou, junto à história do futebol, suas origens, descrevendo toda a evolução dos antigos jogos de bola com os pés que culminou com o surgimento desse esporte na Inglaterra. Depois, procurou-se levantar hipóteses de que o futebol continuou sua evolução no Brasil através das inúmeras brincadeiras de bola com os pés realizadas pelas crianças ao longo da infância. O final desse resgate histórico evidenciou o surgimento das escolinhas de futebol, caracterizando-as como os locais que vieram substituir a rua e os campinhos, principalmente em grandes centros como Campinas, no desenrolar da iniciação. Num segundo momento, tecemos considerações a respeito da necessidade de se relacionar a pedagogia com o futebol, almejando destacar pontos que deveriam ser levados em consideração ao se desenvolver um trabalho de iniciação ao futebol, caracterizando as escolinhas como instituições de ensino não-formal que, como tal, não se vê desprovida de responsabilidades maiores que ensinar apenas o futebol. Finalizando o corpo do texto, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica que discutiu os vários estudos teórico-práticos publicados com a finalidade de ensinar futebol para crianças, ousando chamar alguns de tradicionais e outros de inovadores, ao se apontar suas características e particularidades. Ao final da dissertação pudemos confirmar as nossas hipóteses, diagnosticando que a pedagogia com que se aprendia futebol não é a mesma que ensina hoje nas escolinhas.

Considerações do grupo:

O futebol além de proporcionar o desenvolvimento de capacidades motoras possibilita também certa integração social, o respeito ao adversário, pois quando se joga, joga com alguém e não contra alguém. A competição nesse sentido deve ser saudável servindo como forma do aluno enfrentar situações até então desconhecidas para ele durante o jogo, e construir sua autonomia. O aluno deve pensar sobre o jogo e não somente aprender a chutar, a executar perfeitamente o movimento de passe ou a driblar cones com exatidão. A escola é um ambiente que promove e busca a ação consciente e a capacidade crítica dos alunos de pensar sobre determinado tema, e o futebol é um deles.
Por fim a aula de futebol não deve ser sinônima da aula de Educação Física ou vice-versa. Esta disciplina é muito extensa em atividades e temas para se limitar apenas em um esporte. Portanto, enquanto conteúdo inserido dentro da escola, o futebol deve ser trabalhado com uma pedagogia esportiva que se utiliza de todos os meios necessários para que o aluno conceba o futebol não apenas como lazer ou como uma brincadeira, mas o analise como um esporte inserido em nossa cultura, e rico em elementos pedagógicos para a sua formação.






Links: Trabalho escrito e Slides:

http://www.4shared.com/file/ksi4A-Qyba/Trabalho_Escrito_-_Futebol_que.html?

http://www.4shared.com/file/oXa9gpSJba/O_Futebol_que_se_aprende.html?

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