O Futebol que se Aprende e o Futebol que se Ensina.
Alcides Jose Scaglia
Introdução:
Tendo por objetivo discutir e
analisar o processo de ensino-aprendizagem do futebol, nosso estudo partindo da
hipótese de que não se ensina mais o futebol da maneira como se aprendia,
procurou levantar junto a ex-jogadores de futebol que hoje ministram aulas em
escolinhas, o processo que lhes ensinaram a jogar futebol, para na sequência,
compará-lo às suas respectivas práticas profissionais.
Relatos do autor:
Por base de estudos comprova que o
futebol que era arte para todos, começou a ser referenciado apenas para o lado
profissional, e assim o surgimento das escolinhas de futebol e para a
realização desta pesquisa de campo, a sistematização metodológica, tanto na
coleta quanto na análise dos dados, seguiu os procedimentos da técnica de
análise de conteúdo. Porém, para que realizássemos as análises inferenciais
comparativas com segurança e coerência científica, fez-se necessário que
construíssemos um corpo teórico consistente. Este corpo teórico, num primeiro
momento, levantou, junto à história do futebol, suas origens, descrevendo toda
a evolução dos antigos jogos de bola com os pés que culminou com o surgimento
desse esporte na Inglaterra. Depois, procurou-se levantar hipóteses de que o
futebol continuou sua evolução no Brasil através das inúmeras brincadeiras de
bola com os pés realizadas pelas crianças ao longo da infância. O final desse
resgate histórico evidenciou o surgimento das escolinhas de futebol,
caracterizando-as como os locais que vieram substituir a rua e os campinhos,
principalmente em grandes centros como Campinas, no desenrolar da iniciação.
Num segundo momento, tecemos considerações a respeito da necessidade de se
relacionar a pedagogia com o futebol, almejando destacar pontos que deveriam
ser levados em consideração ao se desenvolver um trabalho de iniciação ao
futebol, caracterizando as escolinhas como instituições de ensino não-formal
que, como tal, não se vê desprovida de responsabilidades maiores que ensinar
apenas o futebol. Finalizando o corpo do texto, foi desenvolvida uma pesquisa
bibliográfica que discutiu os vários estudos teórico-práticos publicados com a
finalidade de ensinar futebol para crianças, ousando chamar alguns de
tradicionais e outros de inovadores, ao se apontar suas características e particularidades.
Ao final da dissertação pudemos confirmar as nossas hipóteses, diagnosticando
que a pedagogia com que se aprendia futebol não é a mesma que ensina hoje nas
escolinhas.
Considerações do grupo:
O futebol além de proporcionar o desenvolvimento de
capacidades motoras possibilita também certa integração social, o respeito ao
adversário, pois quando se joga, joga com alguém e não contra alguém. A
competição nesse sentido deve ser saudável servindo como forma do aluno
enfrentar situações até então desconhecidas para ele durante o jogo, e construir
sua autonomia. O aluno deve pensar sobre o jogo e não somente aprender a
chutar, a executar perfeitamente o movimento de passe ou a driblar cones com
exatidão. A escola é um ambiente que promove e busca a ação consciente e a
capacidade crítica dos alunos de pensar sobre determinado tema, e o futebol é
um deles.
Por fim a aula de futebol não deve ser sinônima da aula de
Educação Física ou vice-versa. Esta disciplina é muito extensa em atividades e
temas para se limitar apenas em um esporte. Portanto, enquanto conteúdo
inserido dentro da escola, o futebol deve ser trabalhado com uma pedagogia
esportiva que se utiliza de todos os meios necessários para que o aluno conceba
o futebol não apenas como lazer ou como uma brincadeira, mas o analise como um
esporte inserido em nossa cultura, e rico em elementos pedagógicos para a sua
formação.
Links: Trabalho escrito e Slides:
http://www.4shared.com/file/ksi4A-Qyba/Trabalho_Escrito_-_Futebol_que.html?
http://www.4shared.com/file/oXa9gpSJba/O_Futebol_que_se_aprende.html?
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