O
Necessário Desconforto Universitário
Ao longo da caminha percorrida na
disciplina “Fundamentos da Educação Física Escolar”, vários obstáculos foram
impostos, alguns fáceis de ultrapassar, como uma pequena pedra no caminho, já
outros pareciam muralhas gigantes. Mas tudo, com um pouco de esforço, eram
capazes de ser superados. Grandes e intrigantes temas foram discutidos durante
a caminhada, temas como: “A Escola Capitalista”, “O Currículo Cultural da
Educação Física”, “A Vida de Estudos na Universidade”, “O Currículo
Universitário”, “A Educação Física Escolar tem Razão de Existir?”, dentre
outros temas. Os quais quando colocados em debate, quando colocamos a nós
mesmos em “cheque”, percebemos o quão diferente são as ideias de um grupo que
pode-se dizer, estar numa trajetória de mais de dois anos juntos. Quantas
ideias, desafios, indagações surgem para fazer com que repense o que talvez já fosse
estabelecido, resignificar o que já era “lei”. Sem sombra de duvida que nos
momentos de desconforto, onde a zona de conforto intelectual foi removida e
as análises criticas de suas próprias afirmações foram realizadas, nesses momentos
se indicou o verdadeiro sentido de estarmos numa universidade.
Um professor em formação deve
sempre manter sua zona de conforto, desconfortável, pois só assim poderá
continuar a abrir caminhos para sua formação; resinificar, interagir e agir de
forma adequada, mantendo um objetivo de conhecimento a ser alcançado, para não
se perder durante a caminhada. Sempre fazer o melhor para que seus futuros
alunos possam ser tocados de alguma forma, que esse tempo de desconforto na
universidade valha a pena para que os futuros alunos nas escolas não fiquem
órfãos do saber que os professores de Educação Física devem ser mediadores. Mas,
mantendo-se sempre ligado a realidade de suas limitações, onde o professor não
é e nunca será um “semi-deus” capaz de mudar o mundo, ou mesmo mudar toda a
escola onde será mediador do conhecimento.
Agora lhes deixo uma importante
reflexão de Bob Marley:
“É melhor
atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder
tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam,
mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de
ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na
Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por
terem apenas passado pela vida.”
De que vale a vida se não arriscarmos e tentarmos
melhora-la?
Álex Sousa Pereira
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