Professor Orientador: Sandro Fernandes da Silva
Objetivo: Verificar o comportamento da composição corporal durante um programa de atividade física com sobreviventes de câncer da Casa de Apoio Mateus Loreiro Ticle, buscar avaliar e acompanhar a evolução da composição corporal, verificar as mudanças ocorridas, quais o benefícios que à atividade física regular apresenta na variável estudada e buscar a melhora na qualidade de vida e auto-estima desses sobreviventes.
Justificativa: O foco principal deste trabalho é conhecer a composição corporal para combater a obesidade, através de atividade física em pessoas que já passaram por alguma debilidade, especificamente, o câncer.
Muito embora a herança genética seja um fator de grande relevância, o sedentarismo e um estilo de vida irregular têm sido os principais contribuintes para o crescente número de casos de doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares, o diabetes e o câncer, sendo que para o aumento da idade, maior a parcela de influência no risco. Cerca de um quarto a um terço dos casos da enfermidade apresenta relação com sobrepeso, obesidade e elevados percentuais de gordura centralizada (FRIEDENRICH et al.2002).
O termo obesidade é definido como o excesso de gordura corporal em relação à massa magra. Da mesma forma, tem-se como sobrepeso uma proporção de peso maior do que a massa desejável para a altura (OLIVEIRA et al. 2003).
Estudos sobre composição corporal relatam que a perda de peso em portadores de câncer difere daquelas encontradas em outros tipos de doenças.
Gorduras têm grande influência na incidência de carcinógenos em diferentes regiões do corpo, independente do efeito da ingestão destas. Portanto há recomendação de redução da ingestão de gorduras, de origem animal, para 30% das calorias, para a população americana, assim como a redução no consumo de carnes VERMELHAS (STEIN;COLDITZ, 2003; WILLET, 2003).
A atividade física de maneira regular, prescrita corretamente está relacionada à redução dos riscos de câncer em até 30%, além de ser um efetivo mecanismo no controle de peso. Nos casos de diagnóstico, estudos apontam o exercício físico como uma forma alternativa na preservação das funções fisiológicas e metabólicas, principalmente na preparação física e psicológica do indivíduo a enfrentar o tratamento. Durante as fases do tratamento, auxilia na manutenção do peso e das funções neuromusculares e no combate de estados de fadiga e caquexia (BACURAU; COSTA ROSA, 1997; MOTA; PIMENTA, 2002; MATSUDO; MATSUDO, 1992).
Referências Bibliográficas:
- SALOMÃO, E.M. Atividade Física Associada ao Crescimento Tumoral e Suplementação Nutricional: Estudo em Ratos Jovens Portadores do Carcinossoma de Walker 256. 2005. 130 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Funcional e Molecular) – Instituto de Biologia, UNICAMP, Campinas, 2005.
- MOTA, D. D. C. F.; PIMENTA, C. A. M. Fadiga em Pacientes com Câncer Avançado: Avaliação e Intervenção. Rev. Bras. Canc. 48(4): 577-583, 2002
.
- BACURAU, R.F.P., COSTA ROSA, L.F.B.P. Efeitos do Exercício sobre a Incidência e Desenvolvimento do Câncer. Rev. Paul.Educ. Física. 2(11): 142-147,1997.
- DITTRLICH SHC, MIRANDA CRR. Atividade Física e os Efeitos Colaterais de tratamento do Câncer. Rev. Ago., 2005; 1 (4): 01-09.
- BATTAGILNI CL, BOTTARO M, CAMPBELL JS, NOVAES J, SIMÃO R. Atividade física e níveis de fadiga em pacientes portadores de câncer. Rev. Bras. Med. Esporte., 2004; 10 (2): 98-104.
- HEYWARD VH, STOLARCZLY LM. Avaliação da composição corporal. São Paulo: Manole, 2000.
Não é melhor coletar a porcentagem de gordura com adipômetro ou balança de bioimpedância?
ResponderExcluir