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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Prova Diferenciada


UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
Disciplina: Docência e Formação Cultural na Educação Física Escolar 
Professor: Márcio Farias
Aluna: Camila Teixeira Costa


PROVA DIFERENCIADA
O ensino da Educação Física escolar deveria ir além do que os professores atuais consideram como sendo importante, pois muitos alegam que a Educação Física trabalha a coordenação motora, o equilíbrio, a lateralidade, faz com que os corpos fiquem saudáveis, desvenda talentos entre outros aspectos. Tais profissionais que enxergam a Educação Física somente desta forma realmente deveriam estar fora do ambiente escolar, pois o Ensino da Educação Física vai além das práticas corporais.
 Educação Física, tem um valor precioso, capaz de proporcionar aos alunos a chance de vivenciar diferentes formas de organização, da criação de normas e formas de realizar tarefas e atividades, de descobrir maneiras variadas de cooperação, compreensão e participação nas mais diversas situações.
A Educação Física não pode ser considerada como apenas atividades recreativas, como compensação das rotinas, não pode ser ofertada ou considerada como premio para os alunos que comportam nas aulas ou castigo para aqueles que não obedecem, a Educação Física também não pode ser considerada como fábrica de corpos e nem como treinamento para que os alunos percam peso ou aprendam a execução correta dos movimentos específicos dos desportos, as aulas devem ser planejadas e também devem ser abrangentes de forma que possibilite a participação de todos os alunos, lembrando que as aulas não necessariamente devem ser na quadra, pois existem vários conteúdos que podem ser explorados na sala de aula, ou em outros ambientes.  
De acordo com Sousa e Vago (1997), “o ensino da educação física se configura como um lugar de produzir cultura, sendo os professores e os alunos os sujeitos dessa produção”. Além também de conceber a Educação Física como não sendo “domadora de corpos humanos, nem produtora de uma raça forte e enérgica, nem celeiro de atletas, nem terapia escolar, nem promotora de uma saúde estritamente biológica.”

Como futuros profissionais da área, devemos disseminar a real importância da Educação Física escolar, a mesma deve proporcionar aos alunos vivências diferenciadas, também precisamos estar conscientes de que deve haver uma intencionalidade educativa em todas as dimensões da Educação Física. Cabe ao professor estabelecer mediações que ampliem o repertório cultural dos alunos, conteúdos que explorem conceitos, como o racismo, o bulling, as drogas, questões relacionadas à mídia, a sexualidade, ao gênero, a ética, a estética corporal, questões que estão presentes no ambiente escolar, e no ambiente no qual eles estão inseridos, tudo isso com o objetivo de formar seres pensantes, livres, críticos, autônomos e capazes de contribuir de maneira consciente para a sociedade em que vivem.
De acordo com a CENP (SÃO PAULO, 1990), a meta da construção do conhecimento é evidente quando propõe como objetivo da Educação Física escolar, respeitar o universo cultural do aluno, explorando a gama múltipla de possibilidades educativas de sua atividade lúdica espontânea, e gradati­vamente propor tarefas cada vez mais complexas e desafiadoras com vista a construção do conhecimento.

No processo da formação inicial cabe aos professores buscar ensinar os alunos de forma lúdica, através de brincadeiras que façam com que os alunos busquem as respostas, pensem, tentem resolver os problemas impostos nas atividades, usem a criatividade de forma com que o professor faça pequenas ou nenhum tipo de intervenção durante o processo.
Contudo, ressalto que nós futuros professores de Educação Física, devemos seguir os trilhos desta nova concepção de Educação Física, devemos estar preparados para lidar com os desafios, e superar os obstáculos, buscando sempre elevar o nome da Educação Física e tornar cada vez mais evidente sua importância para a formação dos alunos no ambiente da Educação Infantil ao Ensino Médio, devemos lutar para dar significado a Educação Física e fazer com que ela seja tão importante quanto o português, a matemática, a geografia entre outras disciplinas que compõe a formação dos alunos.


Referências Bibliográficas
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Pro­posta curricular para o ensino de Educação Física no 1º grau. São Paulo: CENP, 1990.

Sousa, E. S; Vago, T. M. A nova LDB: Repercussões no ensino de Educação física. Revista Presença Pedagógica, v. 3, n. 16, p,18-29, julho/agosto, 1997.

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