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terça-feira, 10 de maio de 2011

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – DESAFIOS E PROPOSTAS

Evandro Carlos Moreira (org.)
Maria Tereza B. Martins
Eliana de Toledo
Marta Thiago Scarpato
Claudia Stefanini
Margarateh Anderáos
Ricardo Ricci Uvinha
Chrystianne Simões Frug


Jundiaí, SP : Fontoura, 2004.

Capítulo 1: Educação Física no Ensino Fundamental: A (re) construção dos significados

A EF iniciou uma caminhada rumo as legimitação perante a sociedade, prova disso ocorreu a partir da inserção dessa prática nas atividades que eram ministradas nas instituições escolares.

São sugeridas algumas propostas de observação e reflexão, que poderão ser utilizadas, norteando as aulas de EF para o Ensino fundamental:

-Processo de inclusão: Fazer com que todos sejam importantes na aula e principalmente que sintam bem. Pode-se aproveitar as características individuais do aluno, sem privilegiar uma ou outra. - Problematização para gerar soluções: O professor de EF deve problematizar as atividades para que os alunos possam construir suas próprias soluções. - Adaptação a diversidade de alunos e atividades: Utilizar materiais alternativos para que todos tenham a mesma oportunidade de executar o desafio proposto. - Meios de comunicação e tecnologia como recurso educativo: O professor deve se utilizar da mídia, fazendo com que o aluno não se torne um mero consumidor alienado, mas sim, que reflita e transforme todas as informações recebidas pelos meios de comunicação. - Co-responsabilidade pela prática: É necessário que o professor sempre repense sua prática, reflita sobre suas ações, reflita durante suas ações, e o mais importante, entenda que seu aluno é o centro de processo de ensino-aprendizagem.

Capítulo 2: A Ginástica Geral como conteúdo da Educação Física no Ensino Fundamental

A Ginástica Geral (GG) é uma forma de atividade que procura resgatar o movimento humano na sua totalidade, busca desenvolver suas capacidades físicas e habilidades motoras individualmente, de acordo com as possibilidades do aluno. Ela preserva a individualidade, mas ao mesmo tempo ela exige o trabalho em grupo, favorecendo o desenvolvimento da criatividade e socialização. A principal característica da Ginática Geral é sua prática em grupo, no qual os alunos participam das aulas interagindo o tempo todo, tanto no auxílio de um movimento quanto na montagem coreográfica. Um dos objetivos da EF com a Ginástica Geral é ensinar os valores da cultura local ajudando o aluno a compreender melhor seu país e o mundo, oferecer-lhe a oportunidade de pesquisar e conhecer sua cultura e relacioná-la ao trabalho corporal.

Capítulo 3: A Ginástica Rítmica e Artística no ensino fundamental: uma prática possível e enriquecedora

A ginástica possui muitos conhecimentos relevantes para a formação do indivíduo, mesmo assim ela parece não estar tão presente no planejamento dos professores. Na Ginástica Rítmica os movimentos são vivenciados manejando os aparelhos, devido a essas características, seus movimentos exigem fundamentalmente força, dinamismo e precisão, ex: inversões corporais, no solo ou no ar (mortal), os rolamentos ( para frente e para trás, com apoio de um ombro ou dois, para o lado) a reversão do corpo (estrela), entre outros movimentos; Materiais colchões, bancos suecos, bolas, bastões, plintos, etc. A Ginástica Artística possui aparelhos grandes e fixos, e estas características físicas acabam sendo elementos delimitadores das ações possíveis nesta modalidade. Sua maior característica é o desenvolvimento de habilidades motoras relacionadas a vivencia nestes aparelhos, sempre tendo como referencial a estrutura estática dos mesmo.

Capítulo 4: A formação do professor de Educação Física e suas experiências com a Dança

Para que a dança acontece na escola, é fundamental a clareza dos objetivos e propostos que esta visa a desenvolver. Na escola, a dança deve levar o aluno a aprender a conhecer melhor o seu corpo e a cultura nacional, aprender a ser cooperativo, crítico, socializador, aprender e fazer movimentos e a pensar em termos de movimento, afinal, se a escola exige que o aluno pense, por que não pensar também em termos de movimento, aprender a viver em grupo, a tocar, a crescer. Com consciência e clareza, de que não queremos aulas em que as crianças reproduzem movimentos da moda impostos pela mídia, porque isso já fazem fora da escola e sim, que aprendam a apreciar a dança, percebendo a importância da arte como resgate cultural, desenvolvendo-a de modo inter e transdiciplinar.


Capítulo 5: Pressupostos para elaboração de um programa de EF para as séries iniciais do Ensino Fundamental

O professor deve criar um ambiente apropriado para a aprendizagem, para que a criança encontre desejo em aprender a habilidade que está sendo ensinada. O papel do professor é fundamental na orientação das atividades, devendo criar situações adequadas para estimular a criança a resolver problemas mediante estímulos apropriados que devem estar ao alcance de sua maturidade. Aspectos que devem ser observados no planejamento e execução da aula pelo professor de EF: A ludicidade; a liberdade de ação; a globalidade; a intensidade; a multiplicidade de conteúdos; o dinamismo; ausência de preocupação técnica; a diversidade de material.


Capítulo 6: O esporte como conteúdo possível nas séries iniciais do ensino fundamental

Na fase pré-escolar é importante que se trabalhe os jogos simbólicos, já que a criança, excessivamente egocêntrica, preocupa-se em realizar e não em comparar seu nível de realização com o de outras crianças. Para ela, não há qualquer valorização ou necessidade de regras já que não existe neste momento possibilidades intelectual para respeitá-las. O jogo propicia a inclusão enquanto que o esporte é seletivo. Desta forma, é necessário que se saiba que a criança das séries inciais do ensino fundamental ainda não está preparada psicologicamente para enfrentar suas impossibilidades ou suas dificuldades até porque tem pouca condição de percebê-la. Se o esporte competitivo trabalha com os mais aptos, ele exclui a maioria e não deve ser aplicado em idade tão terá.

Capítulo 7: Esportes radicais nas aulas de Educação Física do ensino fundamental

As aulas ao serem abordadas por estes esportes vão depender do planejamento do professor, tendo consciência das várias dificuldades a serem encontradas pelo mesmo na proposição dessas novas atividades. A falta de equipamento adequados, sobretudo nas escolas públicas, é de condições seguras para a prática são apenas dois dos vários quesitos que podem desestimular o professor já na primeira tentativa. O professor pode rechear as suas aulas com novos conteúdos correlatos a tais esportes. No primeiro e segundo ciclo, o estímulo ao equilíbrio no banco sueco simular o executado numa prancha de surf ou skateboard. Rolamentos em colchonetes se aproximariam daqueles realizados nos saltos de bungee jump, pára-quedismo ou sky surf.

Capítulo 8: Educação especial, Educação Física e inclusão

Hoje encontramos na sociedade crianças com muitas dificuldades, crianças que tem necessidades de atendimento específico, tendo momentaneamente ou definitivamente algumas incapacidades chamadas deficiências. Essas deficiências podem ser motoras, de comunicação, múltiplas, mentais, sensoriais etc. Nós, professores de EF, necessitamos reconhecer as necessidades dos grupos a serem atendidos nas escolas para que possamos incluir a todos, reconhecendo nas diferenças a promoção da aprendizagem, pois todos têm direito à educação. Levando em consideração que a EF pode ser uma disciplina onde a ludicidade, a liberdade de movimentos e a individualidade se expressam, podemos através dela gerar adaptações de regras tanto para as crianças sem deficiência, quanto para as com necessidades educativas especiais e para as com deficiência. Ao proporcionar a melhora do desenvolvimento integral, de aspectos motores, afetivos, cognitivos e sociais, a EF poderá contribuir na melhora aprendizagem da criança deficiente, minimizando suas dificuldades.

Acadêmica Amanda Aparecida Delfino.

2 comentários:

  1. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: SER OU NÃO TER???
    NISTA-PICCOLO, Vilma Lení (Org.). Educação física escolar: ser... ou não ter?. Campinas: Unicamp, 1993. 136 p.


    INTRODUÇÃO
    A Educação Física Escolar (EFE),deixou de ser um espaço de novas experiências de movimento,onde o aluno se integra socialmente,desenvolve seus domínios cognitivo,motor e afetivo – social,para ser o espaço reservado às crianças que possuem bom desempenho no esporte,geralmente escolhidos pelo professor.Por outro lado,o professor está também condicionado ao contexto sócio –econômico,cultural e político na sociedade.
    APRESENTAÇÃO DOS CAPÍTULOS
    CAP.1) EFE: A busca da relevância.
    Este artigo levanta questões sobre a eterna busca de reconhecimento da EFE,Esse reconhecimento deve ser buscado dentro do contexto da educação brasileira,como qual quer outra disciplina.
    “Deixar de sermos neutros e ingênuos é o primeiro passo para a busca da relevância.”
    CAP.2) EF não escolar.
    Este artigo trata de como os professores podem usar a EF não escolar(brincadeiras e cantigas feitas nas ruas,dentre outras coisas)a favor da EF nas escolas.Devemos pegar essas atividades e transformá-las,adaptá-las,para que os alunos se interessem mais pelas aulas,assim como se interessam por brincar nas ruas.
    CAP.3)EFE: Uma abordagem cultural.
    A EF deve estar atenta a bagagem cultural de cada aluno,porque o que é aparentemente errado em algumas culturas não é em outras.E deve conseguir usar isso a seu favor.
    CAP.4)Um programa de EF adequado ao desenvolvimento da criança.
    Os programas de EFE geralmente não são adequados as necessidades das crianças,e acredita-se que isso ocorre devido a falta de comprometimento dos professores nas suas propostas de atividades,que devem respeitar as faixas etárias e o desenvolvimento de cada criança.
    CAP.5)Brincar de viver o corpo.
    Temos que fazer as crianças compreenderem que o “corpo não é como uma maquina com peças separadas que se juntam para desempenhar uma determinada função,mas como uma unidade que em conjunto e só assim poderá dar harmonia e vida ao ser que é movimento e transformação.”
    CAP.6) Diferentes tipos de influências sobre as motivações de crianças em uma iniciação desportiva.
    “As motivações dos atletas tem sido classificadas de diversas maneiras,incluindo desde as necessidades fisiológicas ou psicológicas básicas,até a influência de fatores decorrentes da vida em sociedade.
    CAP.7)EF no 2° grau: Novas perspectivas?
    A EF no 2 ° grau tem seu compromisso redobrado com a educação,porque nessa fase em que as outras disciplinas estão focando as teorias para melhor desempenho no vestibular,a EF terá seu grande momento,se servir para diminuir as tensões causadas por essa fase,deve apresentar temas que sejam do interesse desses jovens.
    CAP.8) Propostas de aulas de ginástica.
    Esse capítulo é a transcrição de uma carta enviada por um professor a suas ex-alunas,em resposta a uma carta das mesmas solicitando sugestões de atividades que poderiam ser dadas em aulas de iniciação na ginástica.

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  2. O professor deve estar sempre atento a inclusão de seus alunos nas aulas e adapatar as mesmas para que tal fato ocorra, transformando a aula de Educação Física num espaço prazeroso para se adquirir conhecimentos que contribuam no crescimento dos alunos.
    Graduanda Leandra Sousa

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